De Fernando de Pádua

2.7.07

O Fumador Fundamentalista

A incoerência da lei é tão grande que me dói dizê-lo.
Até paredes se deitaram abaixo por conterem amianto, que é cancerígeno; mas no interior de 100m2 (uma câmara de gás pejada dum fumo que incomoda muito, provoca bronquites e mata por cancros ou ataque cardíaco ou cerebral) mantém-se a liberdade de retirar aos outros o direito de respirarem ar puro.

A primeira prova do fumo passivo foi um empregado dum bar na Suécia, que recorreu ao tribunal para exigir indemnização por doença profissional – causada pelo tabaco dos outros. Perdeu, como perdeu o recurso. Acabou recorrendo ao Supremo, o qual se limitou a mandar analisar o ar nesse bar. E concluiu que o empregado, sem meter um só cigarro na boca, fumava 2 maços por dia!
As análises comprovativas poderão fazer-se em qualquer restaurante, ou qualquer comensal que sofre a prepotência do fumador ao seu lado, o qual apelida os outros de “fundamentalistas”, quando eles se queixam.

Quem foi que disse que “uma mentira, muitas vezes repetida, torna-se verdade”?