De Fernando de Pádua

6.5.11

As Greves no 25 de Abril

Ouvi hoje (25 de Abril) na TV uma daquelas frases que me levam logo a escrever aqui – em súbito impulso – por ser uma ideia minha, de décadas. Um japonês filmava na nossa Av. da Liberdade uma das marchas e comentava – “no Japão não há greves: a greve é má para os trabalhadores. O Trabalhador pensa na Empresa e a Empresa pensa nos seus Trabalhadores. Na greve parecem ser inimigos”.

Há décadas que me pergunto eu porque é que aos empregados não são dadas acções das empresas (incluindo-as no salário, ou como prémios de produtividade)? Deste modo empregador e empregado ganham ambos quando a empresa tem lucros. E perdem os dois se ela perde.
Se todos forem accionistas todos terão o mesmo objectivo, melhorar os ganhos quando a situação da empresa melhora.
É ingenuidade minha decerto, pois é fácil pensar desta maneira e não o vejo concretizado. Possivelmente tudo dependerá também do valor relativo das acções, e da democraticidade e transparência da governação interna!
A mim parece-me sempre racional e salutar, quando penso no assunto!