De Fernando de Pádua

9.9.08

DIABETES E PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Só hoje folheei a Revista Portuguesa de Diabetes de Junho!
E ao fazê-lo atraiu-me logo, pelo título, a conferência do Prof. Edwin Gale da Universidade de Bristol intitulada “Porque não conseguimos tratar a Diabetes tipo 2?”
Dela transcrevo 2 parágrafos de uma clareza e importância espectaculares:

“O Prof. Edwin Gale começou por enunciar aquilo que denominou das “três liberdades” fundamentais para a pessoa com diabetes: a) estar livre dos sintomas e das complicações agudas; b) estar livre da retinopatia, da nefropatia, da neuropatia e das cataratas c) estar livre da doença coronária, do AVC e da doença vascular periférica. As “liberdades” correspondentes à s alíneas a) e b) dependem do controlo das glicemias e as correspondentes à alínea c) não só do controlo das glicemias, mas também do controlo do perfil lípídico e da pressão arterial. (…)
Relativamente ao primeiro obstáculo, a organização dos cuidados, o seu reconhecimento conduziu nas últimas décadas a uma mudança de paradigma. A ênfase foi deslocada dos cuidados secundários para os cuidados primários, do tratamento individual para as estratégias populacionais e da gestão da doença para a sua prevenção. Todos os estudos demonstram que a organização a nível dos cuidados primários é o factor sine qua non para a melhoria de gestão da diabetes a nível da comunidade.(…)”


Só ao final reparei – e rejubilei – que o meu “velho” discípulo, colaborador e amigo, Dr. Rui Duarte, Director e Editor da Revista, lhe chamava no seu Editorial “magnifica e inteligente comunicação”!