De Fernando de Pádua

8.6.09

RARÍSSIMAS - UMA ASSOCIAÇÃO EXEMPLAR

Mas quem é que se lembrou de chamar a uma Associação “Raríssima”, perguntava a Dra. Paula Campos no suplemento “Saúde Pública” do semanário Expresso de 4 de Abril. Perdi o meu comentário, escrito em Súbito Impulso, mas ao reencontrá-lo não o posso esquecer!

É na realidade uma associação exemplaríssima, de mães, demais famíliares e médicos (linharara@rarissimas.pt) que se juntaram constituindo uma plataforma de informação, que procura ajudar as crianças doentes e famílias de doenças raras (Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras), com mais de oito anos de actividade continua.

Para lá desta informação, o meu pesar neste momento é não ter ainda visto aparecer – por mais que o tenha tentado incentivar aqui, ali e acolá - uma associação nacional, não médica, para ajudar na doença mais frequente de todas, neste nosso país salgado, obeso, preguiçoso, alcoolizado, cada vez mais diabético… e, felizmente, um pouco menos fumador: a hipertensão arterial e a sua filha mais perigosa a aterosclerose, causadoras da nossa imensa mortalidade cardiocerebrovascular, e sempre agravadas pelo tabaco, diabetes e hipercolesterolémia. Ainda não despertou um movimento associativo que impulsione com acções, argumentos e até informações sobre o seu mais correcto tratamento e sobretudo a sua prevenção – desde a primeira papinha a que se adiciona sal, ou mesmo desde os erros alimentares durante a gravidez.

Sabemos que hoje em dia as principais ajudas dos médicos ainda são os bons farmacêuticos, e os doentes mais cuidadosos, mas é preciso que alguns se mexam, se associem entre si para se entre ajudarem, e para obterem mais apoios concretos para a doença mais frequente neste lindo Pais à beira mar plantado e para as ruinosas consequências dum AVC ou dum enfarte.

Termino com uma palavra mais de estímulo, e muito respeito, pelas raríssimas e gravíssimas doenças que a “Raríssimas” está apoiando.