Obama e a Saúde

Domingo de manhã (8 de Novembro), ouvi na TV (e fiquei feliz!)que os americanos tinham finalmente aprovado o plano de Obama para a Saúde, nos Estados Unidos. Eu que tanto me orgulho do que aprendi com Paul White, Allan Friedlich, e mais 48 instrutores na minha Graduação em Cardiologia, em Harvard, e no Massachussets General Hospital (o melhor do mundo!), sempre me senti envergonhado ao ler que 45 milhões de americanos não têm médico, nem têm dinheiro para pagar os cuidados de saúde. O caso do tufão Katrina e a tragédia de Nova Orleans atingiram, para mim, o cúmulo da discriminação! Ainda há poucos meses li sobre um casal em que ele, transplantado, tivera de vender a casa e “morava” numa roulotte perto do Hospital para conseguir assim pagar os tratamentos.

Quando ouvi a noticia senti os olhos marejados - tantos o têm combatido por esse plano (“comunista” diziam alguns) mas finalmente compreenderam a injustiça e aprovaram-no!!!

Todavia, à noite, o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa (nas suas Escolhas), explicou que a aprovação na Assembleia dos Representantes ainda tem de ser ratificada pelo Senado!!! Que Alguém os inspire!

E tantos portugueses (eu próprio…) criticamos as falhas graves que tem o nosso Serviço Nacional de Saúde (e para mim a principal está na falta de cuidados domiciliários!). Compreende-se agora que a Organização Mundial de Saúde, mesmo assim nos elogie, a nós em Portugal: é que, melhor ou pior, todos temos possibilidade de ser tratados, o que afinal nem nos Estados Unidos da América acontece (e afinal na maior parte do resto do Mundo!!!).