De Fernando de Pádua

18.4.08

Prémio Nacional de Saúde

Não resisto a transcrever o texto do diploma que acompanhou o colar criado pela Direcção Geral da Saúde e que a Senhora Ministra da Saúde me impôs no Dia Mundial da Saúde – 7 de Abril.

Prémio Nacional de Saúde 2007 - Nos termos do Despacho nº 897/2006, publicado no Diário da República, nº 78, de 20 de Abril de 2006, é atribuído o Premio Nacional de Saúde de 2007 ao Professor Doutor Fernando de Pádua, pela relevância e excelência do seu contributo profissional para a obtenção de evidentes ganhos em saúde, pelo prestigio nacional que atingiu e pelo seu exemplo de dedicação à causa publica, dando o seu melhor saber e entrega às politicas nacionais de saúde.

Sem falsa modéstia estou orgulhoso, tendo em conta o júri da atribuição que me escolheu: o Senhor Bastonário da Ordem dos Médicos, as Senhoras Bastonárias das Ordens dos Farmacêuticos e dos Enfermeiros, e o Senhor Director do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, presididos pelo Prof. Walter Osswald da Faculdade de Medicina do Porto!

Com todos os meus colaboradores de sempre, com todos os Amigos da Saúde e Apoiantes da Fundação que tem o meu nome, e com todos os meus Familiares que me têm ajudado a ser quem sou, partilho o precioso prémio que recebi.

17.4.08

SAL

O Prof. Graham Mac Gregor de Londres reagiu, cheio de razão, e em nome de todo o grupo Wash a que pertencemos (“World Action on Salt and Health), contra a classificação que a FDA (Food and Drug. Administration, USA) atribuiu ao sal como “geralmente considerado sem riscos” (Generally Recognized As Safe – GRAS).
Recorda como o sal começou o ser usado na China há 5000 anos, quando se descobriu a sua capacidade para conservar os alimentos. Desde esses tempos foi sempre economicamente muito importante (“o salário” nas Legiões Romanas).
Nos milhões de anos anteriores o Homem Sapiens não consumia mais do que 0,25 gr. de sódio por dia, e para esse nível estava todo programado para uma tensão arterial de certo menor que 11.5.
A conservação dos alimentos por congelamento e a disseminação dos frigoríficos permitiram começar a reduzir o consumo de sódio diário Todavia, no século XX a industrialização começou a re-usar e a usar mal o sódio na produção de todos os alimentos processados, incluindo até o pão, e ao mesmo tempo promove o consumo de todas as bebidas adoçadas ou alcoólicas, desses alimentos, processados e salgados. Deste modo os países ocidentalizados recomeçaram a ter altos consumos de sal, e por isso não conseguem recuperar da globalização da hipertensão arterial, da aterosclerose e das complicações cardio cérebro vasculares.
O quadro que compara a mortalidade por AVC e o consumo de sal, mais uma vez coloca Portugal no topo: o maior consumidor de sal é o campeão dos AVC. Sem riscos? Direi antes suicidários !!!