De Fernando de Pádua

15.2.11

Depois de tanto patinhar ao longo dos anos os desfibrilhadores estão finalmente lançados:

Transcrevo o artigo que acabei de ler no site de “Boas Notícias”

“Vinte e sete hotéis portugueses das marcas Ibis, Mercure, Novotel e Sofitel foram equipados com desfibrilhadores automáticos externos (DAE), aparelhos portáteis para utilização em situações de paragem cardiorespiratória, contando ainda com cerca de 160 colaboradores formados em Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação.

Esta iniciativa representa um investimento de 70 mil euros por parte do Grupo Accor, cujo número anual de clientes em Portugal ascende a um milhão, refere a cadeia hoteleira em comunicado.

Luís Cabral, responsável pelo Programa de Desfibrilhação Automática Externa do Grupo Accor, sublinha a importância desta medida, tendo em conta que "a sobrevivência de uma vítima de paragem cardiorespiratória sem acesso a Suporte Básico de Vida e desfibrilhação é, após 10 minutos, praticamente impossível".

"Neste contexto, e face à possibilidade de socorro diferenciado (INEM, Bombeiros) não conseguir chegar em tempo útil, torna-se premente a instalação de DAEs em todos os espaços de acesso público com elevada frequência de pessoas", acrescenta.

Os DAE são aparelhos eletrónicos portáteis que, em situações de paragem cardio-respiratória e depois de colocadas as pás adesivas no tórax da vítima, analisam o ritmo cardíaco e, se recomendado, aplicam um choque eléctrico com o intuito de se retomar um ciclo cardíaco normal e assim evitar a morte do doente.

O DAE é automático e de simples funcionamento, podendo ser utilizado por pessoal não médico, desde que devidamente formados e inseridos num Programa DAE licenciado”.

11.2.11

José Mourinho – The Special One

Não criei regras para escrever no meu blogue. Obedeço a súbito impulso quando algo me impressiona, e se estou livre e consigo escrever aí fica um pensamento. Assim me desculpo por às vezes elogiar um ou uma desportista cujo feito me entusiasmou ao ver a notícia, e falho com muitos outros de que, a maior parte das vezes, poderei até nem ter tido conhecimento, e por isso cito tão poucos nomes. Quando escrevo algo é porque aconteceu ler a noticia, ter ficado impressionado e não esquecer escrevê-lo.

Mas com o actual ídolo nacional – José Mourinho – seria imperdoável! Os sucessos e a maneira como os viveu, e agora o culminar da FIFA – “o melhor treinador do mundo”! É obra! E não mais será superado porque, mesmo que o sigam mil outros nomes, o dele terá sido sempre o primeiro! Neste súbito impulso sinto até necessidade de citar Maradona: “nem um só, ouvi alguma vez dizer mal de ti!!!”
E quem ouviu (eu, duas vezes) a história da sua vida na TV, não pode esquecer as frases dos seus melhores jogadores, o que disseram sobre o seu envolvimento, apoio e calor humano, em momentos muito especiais.
Homenagens e respeito profundo pelos sentimentos de todos os membros das diversas equipas daqueles países duplamente frios (Inglaterra, Holanda) assim revelados como correspondendo a momentos únicos e inesquecíveis das suas próprias vidas.
Verdadeiro homem de excepção! Foi a estes Lusos que Camões se referiu quando disse que se iam “da lei da morte libertando”!
30.01.2011

10.2.11

Desfibrilhadores II

PS 30.01.2011

Hoje novo sucesso; quebrado o tabu! Os desfibrilhadores automáticos externos, e portáteis, apareceram de novo na televisão (na RTP1), embora com imagens demasiado rápidas, filmadas num restaurante. Foi só para “abrir o apetite” porque a apresentação não chegou a demorar tempo suficiente para ser pedagógica).
Vimos em sucessão o desfibrilhador automático externo (DAE) e os primeiros passos do suporte básico de vida, accionados ali mesmo, no chão do restaurante.
Felicito todos os envolvidos! Até que enfim! São necessárias muitas imagens semelhantes para que, para além de ficarem informadas, as pessoas, possam aprender o que fazer de imediato, para lá de chamar o INEM
Morituri te salutam (nós os que possivelmente “iriamos morrer” te saudamos).
Será uma verdadeira medida de saúde pública e de educação para a saúde à distância! Parabéns, também, e mais uma vez, à RTP e a todos envolvidos.

8.2.11

Os Nossos Conselhos sobre … - Doenças Cardio-cerebro-vasculares

Tenho feito do meu blogue “súbito impulso” um repositório de muitas das minhas actividades em prol da saúde de todos nós.
Ao finalizarmos a revisão e actualização dos nossos Conselhos – do Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP) e da Fundação Professor Fernando de Pádua (FPFP) – cedi ao súbito impulso de os guardar também neste cantinho, embora possam sempre ser lidos e reproduzidos dos sites do INCP (www.incp.pt ) e da FPFP (www.fundacaofernandopadua.pt).

Começo pelos Conselhos sobre Doenças Cardiocerebrovasculares, aliás os mais abrangentes

OS NOSSOS CONSELHOS SOBRE DOENÇAS CARDIO-CEREBRO-VASCULARES
1. As doenças cardiovasculares (ou, melhor dizendo, cardiocerebrovasculares ) mais frequentes, são as relacionadas com a aterosclerose, a forma de arteriosclerose mais grave porque condiciona o progressivo entupimento das artérias com placas de ateroma - lesões ricas em colesterol, tecido fibroso e cálcio que infiltram o revestimento interior (endotélio) e a parede das artérias. Essas lesões vão progressivamente dificultando a passagem do sangue, ou impedem-na bruscamente (por ex. por formação de um coágulo na sua superfície, ou por hemorragia no interior da placa), condicionando assim lesões graves nas zonas que deixaram de ser irrigadas por essa artéria.

É esta aterosclerose que hoje preocupa todo o mundo, pois se tornou uma verdadeira pandemia, isto é, espalhou-se como epidemia por todo o planeta, tanto mais rapidamente quanto mais o chamado desenvolvimento condicionou estilos de vida menos saudáveis.

2. As consequências mais importantes verificam-se ao nível do:

- Cérebro – doenças cerebrovasculares: acidente vascular cerebral (AVC), isquémico ou hemorrágico, por embolia, trombose ou hemorragia; acidente isquémico transitório (AIT);
- Artérias do Coração - angina de peito, enfarte do miocárdio, insuficiência cardíaca, morte súbita;
- Carótidas – insuficiência vascular cerebral ou embolia cerebral.
- Pernas - claudicação intermitente ou mesmo gangrena;
- Artérias dos rins - insuficiência renal, hipertensão arterial;
- Artérias do pénis – impotência sexual;
- Artérias que irrigam o intestino - angina abdominal ou trombose da mesentérica.
- Aorta – aneurismas, dissecção, embolias

3. Todas estas doenças são graves, muito graves! Algumas representam mesmo as principais causas de morte, tantas vezes precoce, e de sofrimento na nossa população: mais de dezasseis mil pessoas morrem por ano de doença cerebrovascular* e quase nove mil de doença isquémica cardíaca, por aterosclerose das artérias do coração (artérias coronárias).

Aprendi contudo, há 50 anos, nos Estados Unidos da América (Boston, Universidade de Harvard), com o meu mestre Paul Dudley White, que «adoecer ou morrer do coração, antes dos 80, é culpa do Homem e não de Deus ou da Natureza!».

4. Esta frase quer dizer que são doenças graves, mas evitáveis. Só de si próprio (de quem me lê) depende pois o assumir, cedo na vida, a adopção de algumas atitudes e comportamentos que podem estar errados, ou de estilos de vida aparentemente menos saudáveis, que a chamada civilização industrial trouxe consigo. Somando-se, ou potenciando-se, levam ao aparecimento e à progressão, lenta ou acelerada, das lesões ateroscleróticas, até que – passadas 2 ou 3 décadas – aparecem, como que inesperadamente, as doenças clínicas até aí, silenciosas: doenças made by man (feitas pelo homem), diz a Organização Mundial de Saúde.

A prevenção deve dirigir-se aos múltiplos factores de risco de doença aterosclerótica, e deve começar muito cedo, tão cedo que costumamos afirmar que a aterosclerose é uma doença pediátrica (de facto já na infância se podem observar as primeiras lesões no interior das artérias, embora a doença só venha a manifestar-se na idade adulta). E o progressivo aparecimento de obesidade, diabetes e até hipertensão arterial na infância e na adolescência, são indicadores de como podemos estar a falhar junto das crianças (os sub-20, desde antes de zero até aos 19 anos). Aí começa tudo!

5. Saiba quais as atitudes ou comportamentos pelos quais devemos optar, e quais os factores de risco que deve tentar corrigir, se tiverem falhado na infância e na adolescência os conselhos de pais, professores ou médicos.

- Tabaco - não comece a fumar (explique bem às crianças o porquê e oiça-as também) e, se já fuma, pare quanto mais depressa melhor (recorrendo à ajuda dos amigos, e do médico se necessário) e não fume passivamente (fuja do fumo dos outros!...). Os malefícios do tabaco (doenças cardiocerebrovasculares, diversos cancros, doenças respiratórias, etc., etc. são “mais que muitos” e roubam em média 10 anos de vida.

- Hipertensão arterial – opte por comida com pouco ou mesmo nenhum sal (a começar pelas sopinhas dos bebés), o álcool (não mais que 1 bebida para a mulher ou 2 para o homem) e reduza o peso (se o tiver em excesso), como profilaxia da hipertensão – meça a sua tensão arterial, e procure o seu médico de família se ela for 14/9 ou mais. Mas saiba que se estiver entre 12 e 13,9 é já pré-hipertensão, isto é, ainda não tem hipertensão mas para lá caminha ! Tente corrigir desde já o seu estilo de vida!

- Erros alimentares – controle o seu peso. Evite pesar mais do que o número de centímetros que tem acima de 1 metro: p. expl. se mede 1,65 metros não passe dos 65 Kg. Todavia é mais científico dizer-lhe que mantenha o índice de massa corporal (I.M.C.) entre 18 e 25 Kg/m2.
Ou meça a sua cintura – deverá ser menor que 80cm nas mulheres e menor que 94 cm nos homens. O aumento da gordura abdominal (você terá forma de maçã) é mais nefasto. Um perímetro abdominal normal, mas com maior peso por mais gordura nas ancas e coxas (forma de pêra – gordura ginecológica) é mais benigno.

- Coma poucas gorduras (corte sobretudo nos fritos e gorduras ditas “saturadas”) e poucas doçuras (corte sobretudo no açúcar refinado e nos bolos).

- Coma muitas frutas e verduras: (legumes, saladas, sopas, gaspachos, pão de segunda, cereais).

- Coma mais peixe e carnes brancas (de aves, sem a pele).

- Reduza o consumo de sal (cloreto de sódio) drasticamente (para menos de 5 g/dia quando habitualmente ingerimos 15 a 20 g/dia). Baixe-o lentamente (ao longo de 1 ou 2 meses) para não ser recusado! Não use saleiro à mesa e saiba que os molhos ou as refeições já feitas que encontramos nos supermercados (sem esquecer o pão) são sempre muito ricos em sódio.

- Se bebe, reduza o álcool (para não mais que 2 a 3 dl/dia, de vinho de mesa (de preferência tinto).


Colesterol – saiba o seu valor no sangue e, se o colesterol total estiver acima de 190 mg, determine também as suas fracções LDL e HDL (Low Density Lipoproteins e High Density Lipoproteins). É o colesterol LDL que é prejudicial, se for 115 mg ou mais, enquanto o HDL é benéfico, (desejável mais que 40mg no homem e 45 na mulher) pois que, de certo modo, contraria os efeitos do anterior.
- Coma poucas gorduras saturadas e colesterol (manteiga, leite e queijo gordos, gema de ovo, gordura da carne, margarinas endurecidas ou frituras repetidas) substituindo-as por gorduras não saturadas (azeite, óleos vegetais, margarinas moles), peixe, e carne branca (das aves) sem pele. O seu médico decidirá se deve começar a tomar medicamentos.

Triglicéridos – faça esta análise e fale com o seu médico. Se estiverem altos (maior que 150) ele pedir-lhe-á para reduzir o peso, as calorias alimentares e o álcool, e aumentar o exercício físico (às vezes algum medicamento).

Stress – Lembre-se de que não há melhor pílula calmante do que um bom passeio a pé, e aprenda evitar os excessos e a ter intervalos livres (no dia, na semana, no mês, no ano)! Cultive com cuidado as suas amizades e… tenha uma festa por mês.

Sedentarismo – de todos os erros nos estilos de vida, a falta de actividade física atinge quase 80% da população portuguesa, quando pareceria ser o mais fácil de corrigir:
– faça uma pequena marcha a pé, rápida se possível, todos os dias (de 15 + 15 minutos, ou 30 + 30 se tem excesso de peso ou pré obesidade).
– habitue as crianças a uma vida com desporto (a manter por toda a vida). Pode até oferece-lo aos filhos ou aos netos como recompensa, e acompanhe-os sempre que possível (é bom para eles e para si)
– aproveite todas as ocasiões para continuar activo por toda a vida (deslocações a pé, subir escadas, saltar à corda, ginástica, natação, bicicleta, dança, jardinagem, etc., etc.). A dança merece relevo especial, pelo bem que também faz ao “coração-alma”, para além do “coração-motor”.

– volte a fazer desporto se porventura parou mas oiça sempre o seu médico se já passaram alguns anos, e sobretudo se engordou, não se dê o caso de já ter alguma das “doença silenciosas” … Pelo menos, comece devagar e vá aumentando aos poucos a intensidade e o ritmo da actividade física.

Diabetes (mesmo que só pré-diabetes) – vá controlando anualmente o valor do açúcar no sangue (sobretudo se está engordando ou se fuma) e, se não for normal, (maior que 125 em jejum ou HbA1c de 7 ou mais) procure o seu médico .

6. Todos os cuidados atrás citados tornam-se mais importantes se você próprio (ou própria) ou algum dos seus pais ou avós, ou outro familiar próximo, tem ou teve doença cardíaca ou cerebrovascular precoce, ou morte súbita.

No caso de ter algum ou alguns dos factores de risco de que falámos (hipertensão, tabaco, colesterol ou triglicéridos elevados, diabetes, obesidade, sedentarismo, stress excessivo) é previsível que (por hereditariedade ou por estilo de vida comum) os mesmos factores de risco apareçam em algum ou alguns dos seus filhos. Convém informá-los (e ouvi-los) sobre toda esta dinâmica dos estilos de vida saudáveis (a troca de impressões sobre os nossos conselhos é favorável a todos, e ajudará às boas e atempadas decisões – e estamos a pensar nos Sub-20). De qualquer modo leve-os a fazer um check up antes de iniciarem as práticas desportivas.

Por outro lado, se alguma alteração for encontrada num filho seu (por ex. hipertensão, colesterol ou triglicéridos elevados, ou então hiperglicémia), pais e irmãos devem repetir os mesmos exames (pois essas alterações no seu filho podem afinal ter sido herdadas!).


7. Por informação deficiente sobre atitudes e comportamentos saudáveis, ou porque lhes faltou a vontade ou a possibilidade de seguir os nossos conselhos, ou ainda porque a hereditariedade falou mais alto, muitas pessoas podem adoecer do coração antes dos oitenta, isto é, muito mais perto dos 30. Não esquecer que as doenças silenciosas (obesidade, pré-hipertensão, pré-diabetes, pré-dislipidémia) estão a aumentar cada vez mais nos nossos sub-20!
Recordo-lhe por isso mais alguns conselhos, que deverá transmitir a todos os que ama e o rodeiam:

- a hipertensão não se sente, mede-se: meça a tensão arterial uma vez por ano (no seu mês do coração – o mês em que faz anos!), no médico, na farmácia ou no seu esfigmomanómetro , se o tiver.
- o colesterol ou o açúcar a mais no sangue não se sentem, medem-se: analise-os também no seu mês do coração.
- do fumo, do álcool ou do stress cada um sabe de si: decida-se, ou confie-se ao seu médico ou ao seu psicólogo que eles o ajudarão.
- a angina de peito sente-se como uma dor, ardor, peso ou aperto a meio do peito (ao andar ou subir - sobretudo se faz frio, se comeu antes, ou se fumou) e melhora logo que pára, ou põe o comprimido de nitroglicerina sob a língua – procure o seu médico! Todavia, a maior parte das “dores do coração”, sobretudo no lado esquerdo do peito, são de origem nervosa ou osteoarticular.
- o enfarte do miocárdio provoca dor semelhante à da angina, mas mais intensa, com angústia mortal, palidez, sudação e por vezes náuseas e vómitos, sem ceder à nitroglicerina: dirija-se de imediato a um Serviço de Urgência (chame o INEM pelo 112) enquanto a família informa o seu médico. Quanto mais cedo chegar ao Hospital e aos Cuidados Intensivos (via verde coronária) mais protege o coração e a vida!
- se experimentar tonturas, perda súbita de visão, boca à banda, voz entaramelada ou falta de força num braço ou numa das pernas (sobretudo se for hipertenso) procure de imediato o Serviço de Urgência (chame o INEM pelo 112!) pois pode estar a ter um acidente vascular cerebral, e quanto mais cedo for socorrido mais neurónios pode salvar! (via verde cerebral).
- Se tudo desaparecer em poucos minutos ou horas, ainda bem! Mas como pode ter sido um acidente isquémico transitório procure logo o seu médico – tal como nos tremores de terra pode voltar em força, se não adoptar medidas preventivas de imediato.


8. Há doenças cardíacas de aparecimento muito mais precoce, antes de nascer: são as doenças congénitas do coração, causadas por malformações dos cromossomas, doença da mãe durante a gestação (rubéola, toxoplasmose), efeito de radiações, álcool ou tabaco ou por ex. medicamentos nocivos (teratogénicos).
Toda a mulher que pensa engravidar deve ouvir antes os conselhos do seu médico de família, e do seu obstetra, sobre aqueles e outros perigos, p. expl. abolindo o tabaco e o alcool (os futuros pai e mãe), e evitando certos medicamentos e algumas profissões.
A vigilância durante a gravidez pode permitir identificar alguns defeitos mais graves no feto (levando na pior das hipóteses à interrupção da gravidez, e na melhor ao tratamento do feto “in utero”. São situações muito raras e algumas podem ser corrigíveis depois na infância, com a terapêutica específica de cada caso.

9. As doenças cardíacas mais frequentes na primeira metade do Sec. XX - doença reumática, da válvula mitral ou aórtica p. expl., ou insuficiência aórtica luética, isto é, sifilítica, já quase desapareceram, entre nós, graças sobretudo à penicilina e às melhores condições socio-económicas .

A prevenção das lesões nas válvulas do coração, nessas e nalgumas outras doenças, reside no tratamento atempado, com os antibióticos requeridos e pelo tempo necessário, como o seu médico bem sabe. Consulte-o em caso de amigdalite estreptocócica , ou de “cancro duro” (lesão sifilítica) nos órgãos genitais ou na boca.

10. A finalizar recordo que as lesões de natureza congénita, as lesões valvulares de alguns adultos (reumáticas, degenerativas como p. expl. o aperto aórtico, ou alguns prolapsos da válvula mitral mais redundantes), constituem locais de menor resistência a infecções com microorganismos que podem entrar para o sangue, ao fazer um tratamento cirúrgico dentário, ou ao ser-lhes drenado um abcesso, ou outra qualquer intervenção em terreno infectado (aparelho digestivo ou urinário), ou inclusivé no trabalho de parto.

Como a infecção pode entrar directamente pelos vasos sanguíneos lesados, será sempre útil relembrar, ao especialista em causa, a sua doença cardíaca, para lhe ser administrado previamente o antibiótico que procura evitar o aparecimento de endocardite infecciosa. Se o seu médico já lhe passou uma receita para essas ocasiões, não se esqueça de a mostrar ao estomatologista ou ao cirurgião.

A situação mais grave hoje em dia é a de quem partilha seringas não esterilizadas ou já infectadas, quase sempre por bactérias mais resistentes ou, pior, contaminadas com os vírus da SIDA ou das hepatites B e C.


Vale mais prevenir que remediar,diz o nosso povo, com sabedoria milenar!
Revisão de Outubro de 2010
Estes são conselhos do Prof. Fernando de Pádua, Presidente
da Fundação Professor Fernando de Pádua e d
o
Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva

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