De Fernando de Pádua

27.7.07

Dia dos Avós

26 de Julho é dia meu!! Sei o que é ser avô: é ter “filhos” redondinhos, ternurentos, polvilhados com açúcar e canela!!

Se os avós pudessem “fazer netos” haveria muitas mais crianças!

Dizia o Padre Américo, ao cuidar das crianças abandonadas e de idosos isolados: “Portugal é um País de netos sem avós e de avós sem netos – porque não juntá-los?”

A propósito, quero recordar a novidade só agora “descoberta”: Portugal 2000 tem menos de metade das crianças de 0 a 20 anos do que tínha em 1960. O que significa que dentro de 20 anos, teremos só metade de adultos a trabalhar: os avós actuais e futuros, o próprio País, só sobreviverá se importar imigrantes em massa! Ou então fecha “para obras”, à espera de ter mais meninos!!!

Os futuros pais sofrem! Ninguém pensa que a grande maioria dos abortos provem da falta de apoios presentes (da família … e do pai da criança!) e futuros (do Governo, das Empresas … e dos atrás citados!!).

16.7.07

A Promoção da Saúde e o CINDI Sub 20

A União Europeia “descobriu” a Carta da Saúde do Coração! Brilhante iniciativa por muito necessária – lutamos de acordo com ela desde há mais de 50 anos, 35 publicamente, graças sobretudo ao impulso de Paul White e à ajuda da O.M.S. e toda a Comunicação Social.

Portugal melhorou espectacularmente, mas é preciso mais e mais!

Há 20 anos, de novo apoiados pela O.M.S., agora com o Programa CINDI-Euro alargámos todas as iniciativas, numa prevenção integrada, multidisciplinar e intersectorial, abrangendo em vasto leque quase 80% das doenças crónicas não transmissíveis (coração, cancros, diabetes, obesidade, DPOC, etc., etc.) e os acidentes (de trabalho, tráfico ou lazer) com factores de risco comuns (tabaco, alimentação, álcool, stress e sedentarismo).

Nas discussões em curso, em Lisboa, sobre “Estratégias de Saúde para a Europa”, a filosofia CINDI reaparece em força pelas mãos da O.M.S..

E nós lançámo-nos na promoção da saúde na gente jovem (o CINDI Sub 20) a começar nos bebés!

12.7.07

Dia Maravilhoso 7.7.7

Wonderful Day com as Sete Maravilhas do Mundo, e as de Portugal também! Foi um regalo para os olhos e para o coração. Para mim, e decerto para muitos milhões, foi uma sensação impar de união planetária, pois mais de cem milhões votaram em uníssono numa escolha universal, e centenas de milhões viram as Sete Novas Maravilhas (das antigas, 200 anos antes de Cristo, só as pirâmides do Egipto perduram, e ficaram “honorárias”).
Foi uma consciencialização impressionante, que todos vivemos, dum Sol duma pequena Galáxia, e que este grãozinho de areia que é o Planeta Terra é de todos nós, e todos temos que nele conviver, além de termos que o preservar.
Para este último sentir contribuiu ainda o Live Earth, concerto mundial e “ambiental” que nos espevitou para a problemática do aquecimento do nosso Globo (a luta mais recente de Al Gore) e que também levou Portugal (pela televisão) às cinco partidas do Mundo.
Não resisto contudo a sugerir, a estes propósitos, a leitura de Umberto Eco, na sua última tradução portuguesa “A Passo de Caranguejo” (e o oportuno artigo “Do Jogo ao Carnaval”).

3.7.07

O quê para Lisboa?

Os espaços verdes e as vias verdes, para ciclistas e pedestres! E a reconquista da beira-rio!!

Retirar os carros dos passeios e das segundas vias.

Re-arranjar as calçadas e tapar os buracos.

Limpar a cidade e tranquilizar (policiar) a cidade.

Reactivar todo o comércio da Baixa, aproveitando Domingos e Feriados (leia-se Clara Ferreira Alves, na ÚNICA do Expresso).

Regularizar os transportes públicos e retomar alguns eléctricos.

Seria quase o Céu na Terra!

2.7.07

O Fumador Fundamentalista

A incoerência da lei é tão grande que me dói dizê-lo.
Até paredes se deitaram abaixo por conterem amianto, que é cancerígeno; mas no interior de 100m2 (uma câmara de gás pejada dum fumo que incomoda muito, provoca bronquites e mata por cancros ou ataque cardíaco ou cerebral) mantém-se a liberdade de retirar aos outros o direito de respirarem ar puro.

A primeira prova do fumo passivo foi um empregado dum bar na Suécia, que recorreu ao tribunal para exigir indemnização por doença profissional – causada pelo tabaco dos outros. Perdeu, como perdeu o recurso. Acabou recorrendo ao Supremo, o qual se limitou a mandar analisar o ar nesse bar. E concluiu que o empregado, sem meter um só cigarro na boca, fumava 2 maços por dia!
As análises comprovativas poderão fazer-se em qualquer restaurante, ou qualquer comensal que sofre a prepotência do fumador ao seu lado, o qual apelida os outros de “fundamentalistas”, quando eles se queixam.

Quem foi que disse que “uma mentira, muitas vezes repetida, torna-se verdade”?