De Fernando de Pádua

20.3.09

Leio na TIME para 16/03 uma súmula das prioridades para a reforma dos cuidados de saúde nos Estados Unidos, de acordo com um “check-up” feito ao sistema. Ressalvando algumas particularidades, lá como cá as conclusões são óbvias:
1. Quando um não segurado pede ajuda, tipicamente está mais doente e exige muito mais do sistema. É por isso que os Estados Unidos gastam muito mais per capita com menores resultados;
2. Desde os cuidados pré-natais aos dos idosos a prevenção paga! Bastava a generalização dos rastreios dos cancros do cólon e do seio para poupar biliões de dólares e salvar milhares de vidas;
3. O sistema paga aos médicos para diagnosticarem e tratar doenças - não para manter a saúde. Por isso as doenças crónicas como a diabetes (e como as cardiocerebrovasculares acrescento eu) gastam 80% do nosso orçamento;
4. Reinventem-se os verdadeiros Hospitais, diz um Prof. de Harvard: há demasiados “cafetarias” de saúde, de menor qualidade, que impedem os verdadeiros hospitais de sobreviver;
5. Obama quer tudo em registos electrónicos: haverá menos erros de prescrição, menos interacções medicamentosas, menos exames repetidos e enormes poupanças

18.3.09

19 DE MARÇO - DIA DO PAI

A pensar no dia do PAI logo me lembro é dos filhos – porque não dia dos filhos? É dia em que só me lembro dos filhos e dos netos. Sem filhos não há pais. E só recordo coisas boas, momentos bons, vida longa com eles vivida ou neles reflectida.

Tenho tanta pena dos momentos que perdi por “ter muito que fazer”.

Tudo pára para nos reunirmos no dia do PAI!!!

Graças a Deus tiveram sempre uma grande MÃE muito mais por perto!

16.3.09

O COMANDANTE FERNANDO MEDEIROS DE SOUSA

Linda homenagem de todos os clubes Rotários de Portugal ao Comandante Fernando Medeiros de Sousa – a maior distinção que o Presidente do Rotary Internacional pode atribuir a um Companheiro, por serviços prestados: “Menção 4 Avenidas de Serviço por Realizações Individuais”. Colaborei na Festa do dia 2 de Março, dando o meu testemunho do que tem sido, nestes últimos anos, o combate imparável deste Homem – em nome do Rotary - a pensar na saúde dos portugueses e também na sua culturas, sobretudo musical (com as bolsas que dão para o Conservatório Nacional).

Quando há uns 6 anos, pela mão da Directora de então do Rotary-Club de Lisboa Estrela, D. Maria Fernanda de Jesus Silva, fui convidado por esse Clube e tive oportunidade de lhes lembrar a minha história passada (com o prémio do Rotary para o melhor aluno da Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1950, e com a conquista de uma bolsa da Fundação Rotaria Internacional, 1952/1953 que viria a influenciar toda a minha vida profissional até hoje). E depois desafiei-os para “repescarem” e ajudarem o seu antigo bolseiro!

Ao final da noite - surpresa! – o Governador Frederico do Nascimento e os Governadores futuros, Gomes de Almeida e António Conde, propuseram-se apoiar as lutas pessoais do seu bolseiro e as suas instituições – Instituto Nacional de Cardiologia Preventiva (INCP) e Fundação Prof. Fernando de Pádua (FPFP). E, na foto desses 3 mosqueteiros, logo surgiu, a seu lado, o 4º mosqueteiro (D’ Artagnan!) na pessoa do Comandante Fernando Medeiros de Sousa!

A tradicional hiperactividade do Comandante revelou-se logo na organização das já famosas Mostras da Saúde anuais no Centro Comercial Colombo, com uma Parceria Rotary – FPFP e apoio do INCP, em dezena e meia das instituições. E depois um sem número de rastreios por todo o lado, a cooperação com os Rotários das CPLP, as mensagens para milhares de clubes rotários no mundo, tudo movimentado pelo apito do Comandante, que aliás já foi por isso homenageado pela nossa Fundação, em cerimónia publica, nosso Membro de Honra.



As alturas que este Homem entretanto atingiu, em todas as actividades Rotárias, trouxeram-lhe ontem à noite (2-3-09) em festa-surpresa – mais de 120 Delegados de todo o País - para lhe entregarem a moldura com o galardão máximo de distinção do Rotary Internacional.

As lágrimas de alguns, a emoção de muitos que falaram (eu incluído), e os intermináveis aplausos, contrastaram com a surpresa e incredulidade demonstradas pelo homenageado, o qual gastou grande parte do seu tempo a tentar provar que só sugerira acções e realizações, mas que os outros é que as executaram: “eu não estou fazendo nada”… dizia uma canção brasileira!
Noite de glória – um Homem que cumpriu o lema - dar de si antes de pensar em si! Os Rotários de Portugal no seu melhor!

6.3.09

ALCOOL NA ESTRADA - A GRANDE AMEAÇA

Não resisto a divulgar a mensagem que acabo de ler, retirada da Internet: numa campanha da Prevenção Rodoviária Brasileira, procurando reduzir as mortes na estrada consequentes à ingestão de álcool pelos condutores:

“Dirigir e beber é suicídio. Não brinque no transito”:
- BEBEU E ESTÁ DIRIGINDO? VAI FICAR LINDO COM UMA COROA DE FLORES.
- BEBEU E ESTÁ DIRIGINDO? O TESTAMENTO JÁ ESTÁ PRONTO?
- BEBEU E ESTÁ DIRIGINDO? COISA LINDA. IGREJA LOTADA DAQUI A SETE DIAS.
- BEBEU E ESTÁ DIRIGINDO? CHIQUE, HEIN? SE O CARRO PEGAR FOGO, VAI SER CREMADO.
- BEBEU E ESTÁ DIRIGINDO? DESCULPE A INTIMIDADE MAS A VIÚVA É BONITA?

(EM: http//maldito.com.br/2007/06/23/sutilize-em-campanha-contra-acidente-de-transito/ )

3º Congresso Português de Hipertensão - Fev. 2009

Esta foi a reunião máxima do ano, dedicada à Hipertensão Arterial, com mais de 900 presenças.
Senti a saudade do Prof. Manuel Ramos Lopes, que era habitualmente o meu companheiro, em quase todas as sessões – os dois “menos jovens” sentados na primeira fila.
O meu destaque vai para a hiperactividade do Prof. Luís Martins, e toda a sua equipa de dirigentes da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, que assumiram este ano a grande aposta de tornar a Sociedade mais próxima dos políticos, e da população em geral, para obter mais resultados! Aposta conseguida com a presença do Ministério da Saúde no Congresso, sempre defendendo a Prevenção, e com o lançamento da Lei sobre o sal, em via de aprovação na Assembleia da República.
E aposta conseguida também com a mobilização intensiva de toda a comunicação social: TV, Rádios e Jornais, e sensibilização da classe médica que acorreu ao Congresso em massa, com relevo muito grande para os “especialistas de pessoas” – os clínicos gerais/médicos de família, de quem mais directamente depende a saúde da nossa população ambulatória que precisa de médico, ou que não quer adoecer e deseja aprender prevenção!